
Do Pombalismo ao Liberalismo
in Da Escola "Pedro Nunes" à "Tomás Cabreira" (1888-1974), página 23
Desde os alvores da sociedade humana que a técnica, o saber fazer, esteve intimamente ligada ao desenvolvimento das mais extraordinárias realizações do espírito humano. Inicialmente com um enorme grau de empirismo, mas que paulatinamente se foi afirmando no conhecimento íntimo dos materiais e das forças que deles emanam. Sem este conhecimento, a raiar já a «ciência», as pirâmides do Egipto não seriam mais do que um amontoado de pedras e as catedrais góticas não se elevariam quase ao céu.
A estreita simbiose entre a ciência e a técnica — para o bem e para o mal da Humanidade - contribuiu decisivamente para moldar a construção da nossa actual sociedade.
A escola, evidentemente, não poderia, nem esteve alheada deste processo. Com frequência ela foi o catalizador do processo técnico-científico. Como também é verdade que muitas inovações técnicas não partiram das grandes instituições de ensino, mas de simples e habilidosos artesãos.
Com o desenvolvimento técnico-económico das sociedades nos últimos duzentos anos foi necessário preparar, formar, qualificar, novos e mais vastos sectores profissionais então surgidos, capazes de responder às solicitações da sociedade capitalista.
Apesar do seu proverbial atraso, Portugal tentava acompanhar a Europa «iluminada».
E que melhor começo que pelo «estrangeirado» Marquês de Pombal e seu consulado.
Biografia
Joaquim Rodrigues foi professor da Escola Secundária Tomás Cabreira de Faro até ao ano 2010
Joaquim Manuel Vieira Rodrigues é licenciado em História pela Faculdade de Letras de Lisboa e professor aposentado do Ensino Secundário. Investigador do Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova de Lisboa, é Mestre e Doutor em História Contemporânea pela referida universidade. Tem elaborado estudos e conferências essencialmente sobre temas relacionados com o Algarve.
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