lnsónia
O sono encurta
E a noite alonga,
Então sou náufrago
No mar obscuro da insónia
Onde o farol da vida
Ilumina o confuso
E confunde o presente
Que se afunda nas águas
Negras e profundas
Do pensamento confundido,
Nos destroços do naúfrágio
Deste mar de maré viva
Se afunda o real
E se perde a flor de sal.
P'la manhã outra miragem,
Olho defronte
Vejo a paisagem
Outro horizonte ...
&&&
Enfim
É mais efémero o ruido
Do aplauso
Que o silêncio da ternura,
Um permanece no olvido,
Outro fica quedo, perdura.
O sono encurta
E a noite alonga,
Então sou náufrago
No mar obscuro da insónia
Onde o farol da vida
Ilumina o confuso
E confunde o presente
Que se afunda nas águas
Negras e profundas
Do pensamento confundido,
Nos destroços do naúfrágio
Deste mar de maré viva
Se afunda o real
E se perde a flor de sal.
P'la manhã outra miragem,
Olho defronte
Vejo a paisagem
Outro horizonte ...
&&&
Enfim
É mais efémero o ruido
Do aplauso
Que o silêncio da ternura,
Um permanece no olvido,
Outro fica quedo, perdura.
Orlando Augusto da Silva
IN "Flores e folhas de mim"
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Para participar no concurso "Cont'Arte Audioleitura 2020" pode ler um dos poemas acima publicados ou qualquer outro de Orlando Augusto da Silva.
Um “farense” nascido em Setúbal
Nascera há 87 anos na “cidade do rio azul”, Setúbal, mas desde sempre o conhecemos como um devotado e empenhado cidadão de Faro, a capital sulina onde tivemos a dita de acontecer no mundo.
Frequentámos, não obstante em diferentes tempos, a mesma Escola Secundária, a “nossa” Tomás Cabreira, então repartida entre a Rua do Município e o Largo da Sé, mas tudo na “Vila-a-Dentro”. Ambos tínhamos esta “doença” das letras, do escrever, do comunicar, não obstante o focado ter uma elevada matriz poética e a facilidade e beleza da arte de rimar, o que só nos tocou ao de leve.
Orlando Augusto da Silva, de seu nome completo, há semanas falecido, nesta sua “terra ” de opção e de coração, aqui se fixara menino e moço e dela não mais voltou a sair em definitivo, para criar todo um mundo de fraternas amizades, de exemplar família, de empreendedorismo inovador e altamente motivador, de uma actividade literária que se concretizou em diversas obras publicadas e com presença em várias antologias de “poetas dos PALOP’S”.
Foi sobretudo no sector da indústria do plástico que lançou novas realizações, impulsionando a economia local, com fábrica própria ali para o “Campo dos Blocos” (Bom João de Baixo) e estabelecimento comercial à mesma dedicado na Rua Filipe Alistão.
As suas netas, “as suas meninas” eram um dos temas prediletos e mais focados na arte de poetar, com uma linguagem cristalina, afetuosa e afetiva e aquela entrega plena que a todos cativava.
Conversador nato, cordial e franco, mantinha em elevado grau de sublimidade o sentido das fraternas relações, que cultivava com esmero e dedicação.
Cidadão de comportamento cívico testemunhante fez um reto e honesto caminho de vida que motivava um assumido e geral apreço.
Deixou-nos para todo o sempre e com ele foi abatida mais uma presença da resenha de cidadãos, a quem testemunhamos, como nascidos em Faro, o nosso apreço e admiração, por quantos não havendo vindo ao mundo nesta capital sulina, a amam como seus filhos.
Assim era o Orlando Augusto da Silva!
João Leal
in Crónica de Faro
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Para participar no concurso "Cont'Arte Audioleitura 2020" pode ler um dos poemas acima publicados ou qualquer outro de Orlando Augusto da Silva.
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Orlando Augusto da Silva foi aluno da Escola Industrial e Comercial de Faro, no início dos anos 60 do século XX.
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Biografia
Como biografia deste escritor algarvio publica-se o texto de João Leal da AAATC escrito em sua homenagem aquando do seu falecimento:
Um “farense” nascido em Setúbal
Nascera há 87 anos na “cidade do rio azul”, Setúbal, mas desde sempre o conhecemos como um devotado e empenhado cidadão de Faro, a capital sulina onde tivemos a dita de acontecer no mundo.
Frequentámos, não obstante em diferentes tempos, a mesma Escola Secundária, a “nossa” Tomás Cabreira, então repartida entre a Rua do Município e o Largo da Sé, mas tudo na “Vila-a-Dentro”. Ambos tínhamos esta “doença” das letras, do escrever, do comunicar, não obstante o focado ter uma elevada matriz poética e a facilidade e beleza da arte de rimar, o que só nos tocou ao de leve.
Orlando Augusto da Silva, de seu nome completo, há semanas falecido, nesta sua “terra ” de opção e de coração, aqui se fixara menino e moço e dela não mais voltou a sair em definitivo, para criar todo um mundo de fraternas amizades, de exemplar família, de empreendedorismo inovador e altamente motivador, de uma actividade literária que se concretizou em diversas obras publicadas e com presença em várias antologias de “poetas dos PALOP’S”.
Foi sobretudo no sector da indústria do plástico que lançou novas realizações, impulsionando a economia local, com fábrica própria ali para o “Campo dos Blocos” (Bom João de Baixo) e estabelecimento comercial à mesma dedicado na Rua Filipe Alistão.
As suas netas, “as suas meninas” eram um dos temas prediletos e mais focados na arte de poetar, com uma linguagem cristalina, afetuosa e afetiva e aquela entrega plena que a todos cativava.
Conversador nato, cordial e franco, mantinha em elevado grau de sublimidade o sentido das fraternas relações, que cultivava com esmero e dedicação.
Cidadão de comportamento cívico testemunhante fez um reto e honesto caminho de vida que motivava um assumido e geral apreço.
Deixou-nos para todo o sempre e com ele foi abatida mais uma presença da resenha de cidadãos, a quem testemunhamos, como nascidos em Faro, o nosso apreço e admiração, por quantos não havendo vindo ao mundo nesta capital sulina, a amam como seus filhos.
Assim era o Orlando Augusto da Silva!
João Leal
in Crónica de Faro
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